SOMOS TODOS IGUAIS
Censuro-te mundo
repara onde vais
reflete, medita, escuta
Somos todos iguais
Censuro-te mundo
pelas tuas guerras tribais
lutar para quê afinal?
Somos todos iguais
No teu paraíso... mundo
são todos netos, filhos e pais
não quererá isto dizer
que somos todos iguais?
Homens podem ser; heróis, santos...
De outros falam os jornais
entre eles há semelhanças
a morte os torna iguais.
A mim consola essa negrura
que torna todos iguais
Miguel Foz (pseudónimo de Daniel Costa) - in extinto "jornal do Oeste" de Rio Maior - 16/09/1972.
sábado, 31 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
poema
OLHOS VERDES
Senhora dos olhos verdes
confesso a minha paixão
quando te beijo na face
adormece-me o coração
Quando te vejo partir
rumo à tua ocupação
logo fica a saudade
disfarço-a numa oração
Na tua ausência
a vida é tormanto
se te perdesse
recolheria a um convento
Senhora dos olhos verdes
minha tentação
vejo-te num altar
como ícone da minha devoção.
Daniel Costa - in "JORNAL DA AMADORA" - 14/02/2006.
Senhora dos olhos verdes
confesso a minha paixão
quando te beijo na face
adormece-me o coração
Quando te vejo partir
rumo à tua ocupação
logo fica a saudade
disfarço-a numa oração
Na tua ausência
a vida é tormanto
se te perdesse
recolheria a um convento
Senhora dos olhos verdes
minha tentação
vejo-te num altar
como ícone da minha devoção.
Daniel Costa - in "JORNAL DA AMADORA" - 14/02/2006.
domingo, 25 de janeiro de 2009
poema
PILAPÃO
Não chovia pão
Tudo era feliz
Na Cidade de pilapão
Diariamente chovia
mós de moinho
Hora não se sabia
Alguns tinham de encaixar
A roda pois então
Morrer era o senão
Em Pilapão
---------------------------------------------------------------------------
Na cidade de pilapão
Não era necessário mérito
Longe o deserto
Havia a instituição cunha
Sempre por perto
Assim era a cidade de Pilapão
Daniel Costa
Não chovia pão
Tudo era feliz
Na Cidade de pilapão
Diariamente chovia
mós de moinho
Hora não se sabia
Alguns tinham de encaixar
A roda pois então
Morrer era o senão
Em Pilapão
---------------------------------------------------------------------------
Na cidade de pilapão
Não era necessário mérito
Longe o deserto
Havia a instituição cunha
Sempre por perto
Assim era a cidade de Pilapão
Daniel Costa
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
poema
alma a sorrir
BONANÇAS
A minha glória é esta
Sorrir de ordenanças
Estar, intimamente, em festa
Seguir com piada
As suas andanças
Daniel Costa
BONANÇAS
A minha glória é esta
Sorrir de ordenanças
Estar, intimamente, em festa
Seguir com piada
As suas andanças
Daniel Costa
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
poema
LISBOA DO TEJO
Nos meus doirados
Anos sessenta
Abril o turismo a dar brados
Cheguei ao céu sonhado
A Lisboa do meu eu
Da janela do meu quarto
Na casa onde morava
Era Zeus, ou um Zeu
Avistava o Tejo
Via o Rio benfazejo
No Bairro da Graça
Rua bem comprida
Como se fora desejo
Pouca gente passava
Santa Engrácia
Calçada do Monte
Luzes em noite de breu
Portas de Santo Antão
Teatro Dona Maria
Mês em que este ardeu
A desgraça via
Deus meu!
Olha a D. Amélia Colaço!
A Liberdade subia
A Avenida a trazia
Parque Mayer, Café Lisboa
Pedaços do meu sonho
Não apareciam à toa
Sonho de um dia
Concentrado
Nos artistas, que via
Max,
Paulo Renato,
Francisco José
Tristão da Silva
António Mourão
Mais velhos do que eu
Do tempo de então
O dos capilés
Das limonadas
Das salsaparrilhas
Tudo com soda, como refresco
Saborosos licores de controlo
Ginja com ou sem “nellas”
Como dizia o espanhol
Eduardino,
Timpanas registado
Da designação desviado
Lisboa do fado
Fado vadio
Cantado nas baiúcas ao desafio
Alfredo Marceneiro
António dos Santos
Não o carpinteiro
Mais sofisticação
A Amália Rodrigues
Popular a Hermínia Silva
Perpetuava a velha “Tendinha”
Mais a Popular Ginjinha
Templo onde iniciei
Razão porque a queria como minha
O Café Lisboa o Parque Mayer
A velha Lisboa,
O fado e a ginjinha
Daniel Costa
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
poema
RADIONOVELAS
FOTONOVELAS
FOTONOVELAS
Antes de chegar a Televisão
Rádio Novelas e Fotonovelas
Constantemente em exibição
Na rádio duraram elas
Depois passaram à pantalha
Do mundo da visão
Entre outros, actuavam na radiofusão
João Lourenço, agora encenador
Henriqueta Maia, Irene Cruz
A lembrança regista Álvaro Benamor
E os romances do Tide?
Revistas de fotonovelas
Estava activa dona PIDE
Para donas de casa eram amor
Em capítulos de revistas
No “Magazine,” produzido pelo Más
Na “Plateia” do Dias e Mário de Aguiar
Parte integrante da colmeia
Específicas da Palirex, da Íbis
Agência Portuguesa de Revistas
Colocavam a banca cheia
Estes alguns produtores
Muitos da Corin Tellado
Eram produto enlatado
Recordo as da Palirex
Revistas, como a “Zaida”
Lembro também a “Dora”
Acabaram cedo, não teriam saída
O Idílio, a Carícia
Um mundo encantado de delícia
Segredo do indomável talento
Do Roussado Pinto
Metamorfoseado em Edgar Cagil
Haverá subtileza, não minto
Artistas esporádicos
Performances belas
Numa protagonizava
Nunes Forte e Cristina Cassola
Fotogenia, arte para fotonovelas
O Emílio, o Monteiro
Porque não o nome da sedutora
Maria José primeiro?
Daniel Costa
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
poema
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
poema
SUAVE GRITO
Maria Dolores
A quem me prendi
De amores
Bem tudo corria
Até que,
Um certo dia
Apareceram
Ataques de epilepsia
Não vieram só
Também a esquizofrenia
De meter dó
Não feneceu o amor
O amor de algum dia
Amor de humildade
Sempre amor
Quiçá de humanidade
Talvez a procura
A sinceridade
Não possuir vaidade
Pensar defesa de entes
O grito de sanidade
Com sorrisos
O grito tranquilo
Foi sendo abafado
Salvar o espaço
Era fado
Veio a compensação
Merecia?
Talvez sim, talvez não!
Sempre sorridente
Graças à Dolores
Tomou posição
Floriram os amores
Dei volta ao cosmos
Veio nova encarnação
Daniel Costa
Maria Dolores
A quem me prendi
De amores
Bem tudo corria
Até que,
Um certo dia
Apareceram
Ataques de epilepsia
Não vieram só
Também a esquizofrenia
De meter dó
Não feneceu o amor
O amor de algum dia
Amor de humildade
Sempre amor
Quiçá de humanidade
Talvez a procura
A sinceridade
Não possuir vaidade
Pensar defesa de entes
O grito de sanidade
Com sorrisos
O grito tranquilo
Foi sendo abafado
Salvar o espaço
Era fado
Veio a compensação
Merecia?
Talvez sim, talvez não!
Sempre sorridente
Graças à Dolores
Tomou posição
Floriram os amores
Dei volta ao cosmos
Veio nova encarnação
Daniel Costa
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
poema
GRANDES CIDADES
Grandes cidades
Mundos de vaidades
Mundos de leis
Esses traços banais
A que só atentam os leais.
Para os demais
Mais os tais
Essas são irreais.
Grandes cidades
Berços de "Beatles",
De "Hippies" e siderais
Usando trajos de florinhas
Pelas suas cores infernais
Escandalizam cidadãos nomais.
Grandes cidades
Mundos de actos pouco formais
Berços de homens loucos?
Apregoando estados abismais
Preconizando o retrocesso
À época dos avós dos nossos pais.
Grandes cidades
Da era lunar
Onde reina a poluição
Se representa a confusão
Se criou o "Cristo Sperstar".
Por fim a globalização
Haverá mais que inventar?
Miguel Foz (pseudónimo de Daniel Costa), publicado em 10/02/1973. no extinto "Jornal do Oeste" de Rio Maior, com um pequeno arranjo.
Grandes cidades
Mundos de vaidades
Mundos de leis
Esses traços banais
A que só atentam os leais.
Para os demais
Mais os tais
Essas são irreais.
Grandes cidades
Berços de "Beatles",
De "Hippies" e siderais
Usando trajos de florinhas
Pelas suas cores infernais
Escandalizam cidadãos nomais.
Grandes cidades
Mundos de actos pouco formais
Berços de homens loucos?
Apregoando estados abismais
Preconizando o retrocesso
À época dos avós dos nossos pais.
Grandes cidades
Da era lunar
Onde reina a poluição
Se representa a confusão
Se criou o "Cristo Sperstar".
Por fim a globalização
Haverá mais que inventar?
Miguel Foz (pseudónimo de Daniel Costa), publicado em 10/02/1973. no extinto "Jornal do Oeste" de Rio Maior, com um pequeno arranjo.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
poema
E... O SOL BRILHARÁ
OH MUNDO!...
Mundo de loucos
Mundo onde querem ser poucos
Mundo de disfarce e mentira
Mundo de tracalhadanças
Mundo de diabretes
Mundo onde se espalha a confusão
Mundo da ilusão
Mundo do fantasma brincalhão
Mundo de tigres de papel
Mundo de trixs
Mundo de tiranetes
Mundo de ventríolocos
Mundo de compradores
Mundo de corruptores
Mundo que gera “senhores”
Mundo de desamores
Mundo do trol
Mundo de irracionais
Mundo de anormais
Mundo, que mais?
Mundo do rol
-------------------------------------------------------------------------------------------
Mundo de eterno optimismo
Mundo de eterno amor
Mundo de eterno romantismo
Mundo de eterno brilhar do sol!
---------------------------------------------------------------------------------------------
Daniel Costa
OH MUNDO!...
Mundo de loucos
Mundo onde querem ser poucos
Mundo de disfarce e mentira
Mundo de tracalhadanças
Mundo de diabretes
Mundo onde se espalha a confusão
Mundo da ilusão
Mundo do fantasma brincalhão
Mundo de tigres de papel
Mundo de trixs
Mundo de tiranetes
Mundo de ventríolocos
Mundo de compradores
Mundo de corruptores
Mundo que gera “senhores”
Mundo de desamores
Mundo do trol
Mundo de irracionais
Mundo de anormais
Mundo, que mais?
Mundo do rol
-------------------------------------------------------------------------------------------
Mundo de eterno optimismo
Mundo de eterno amor
Mundo de eterno romantismo
Mundo de eterno brilhar do sol!
---------------------------------------------------------------------------------------------
Daniel Costa
sábado, 3 de janeiro de 2009
poema
VELHO ELÉCTRICO
Desembarcando dum Cacilheiro
A primeira vez a Lisboa passei
Chegava do Algarve
Era noite, viajava via Barreiro
Estava a meio de uma odisseia
Uma viagem sem parceiro
Percorri a pé a Rua
Do Terreiro do Paço
Até à Praça da Figueira, primeiro
Aí o Metro tomei
No subterrâneo viajei
A minha primeira vez
No Campo Grande
A ligação ao Eléctrico apanhei
Foi em Novembro
De sessenta e um,
Sempre recordarei
Mais tarde muitas vezes
No velho Carro Eléctrico andei
Lá ia ele prazenteiro
O da Graça
Sempre à roda, num vai e vem
Os da Avenida da Liberdade
Passavam muito também
Praça do Chile, Benfica
Prazeres, Cais do Sodré
Sempre num vai e vem
Estrela, Xabregas, Dafundo
Amoreiras, Morais Soares, Arieiro,
Avenida Almirante Reis primeiro
Gomes Freire era, pois ainda é!...
Carnide, Alto de S João
Pois então
Pampulha, Alcântara, Ajuda
Tudo tinha sentido
Eléctricos em qualquer ocasião
Ficaram alguns para turistas
Ainda os elevadores
Da Glória, do Lavra, da Bica
O artístico de Santa Justa
Visões de verdadeiro artista
Carros Eléctricos formavam um mundo
A velha Lisboa
Movimentava-se nos amarelos
Transportes do povo de então
Aqui uma recordação
Daniel Costa
Desembarcando dum Cacilheiro
A primeira vez a Lisboa passei
Chegava do Algarve
Era noite, viajava via Barreiro
Estava a meio de uma odisseia
Uma viagem sem parceiro
Percorri a pé a Rua
Do Terreiro do Paço
Até à Praça da Figueira, primeiro
Aí o Metro tomei
No subterrâneo viajei
A minha primeira vez
No Campo Grande
A ligação ao Eléctrico apanhei
Foi em Novembro
De sessenta e um,
Sempre recordarei
Mais tarde muitas vezes
No velho Carro Eléctrico andei
Lá ia ele prazenteiro
O da Graça
Sempre à roda, num vai e vem
Os da Avenida da Liberdade
Passavam muito também
Praça do Chile, Benfica
Prazeres, Cais do Sodré
Sempre num vai e vem
Estrela, Xabregas, Dafundo
Amoreiras, Morais Soares, Arieiro,
Avenida Almirante Reis primeiro
Gomes Freire era, pois ainda é!...
Carnide, Alto de S João
Pois então
Pampulha, Alcântara, Ajuda
Tudo tinha sentido
Eléctricos em qualquer ocasião
Ficaram alguns para turistas
Ainda os elevadores
Da Glória, do Lavra, da Bica
O artístico de Santa Justa
Visões de verdadeiro artista
Carros Eléctricos formavam um mundo
A velha Lisboa
Movimentava-se nos amarelos
Transportes do povo de então
Aqui uma recordação
Daniel Costa
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