QUANDO FUI HORTELÃO
Como se empunhasse o violão
Construir uma horta adreguei
Quando fui hortelão
Ousei e me empolguei
Dezassete anos era o escalão
Na clandestinidade reguei
Temendo perseguição
Porém, o restolho saneei
Dezassete anos, eis a lição,
Do querer, que quantifiquei
Horas de lazer, que chapelão!
Depois da jorna que saquei
Que sempre foi bengalão
Dirão duro, mas pontifiquei
Verdes produtos me davam razão
Aconteceu que verifiquei
Ter subido no escalão
Segredo desvendado, com jóquei
E orfeão na tasca do João
Me emancipando ganhei,
Quando fui hortelão.
Daniel Costa
9 comentários:
Oi Daniel,não sei o que seja Hortelão,mas deduzo que seja cuidar de uma horta!
Adorei o poema.
Bjs-Carmen Lúcia.
Lindo poema amigo Daniel, Hortelão com "H" maiúsculo, como em tudo o que fostes de ofício, viestes e nos destes aqui a grandeza que é poder vencer, vencestes e isso é mesmo um grande orgulho né meu amigo?
Amei os versos rimados com sua grande capacidade de nos mostrar um rico vocabulário!
Abraços bem apertados!
"Como se empunhasse o vilão", e dedilhar um violão é mais que um prazer, e creio que como horticultor desempenhaste muito bem este trabalho, um poema que expressa nas entrelinhas um belo linguajar poético.
Noite de paz, desejo a vc!
Abçs!
Olá Daniel! Passando para te cumprimentar, deliciar com a leitura de mais um dos teus belos poemas, e te convidar para saborear um pedacinho de bolo, pois tem um veim completando época. Passa lá! Rsrs.
Abraços,
Furtado.
Que linda Poesia ! A Poesia embeleza a Vida !
A vida tem momentos inesquecíveis como este...
Beijos e abraços
Marta
Hortelão das palavras, agora...
Beijo.
E como sabe cuidar da sua bela horta de palavras.
O poema é magnífico, gostei imenso.
Caro Hortelão... digo Daniel, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Daniel, vejo que já exerceu várias atividades em sua vida. De cada uma guardou a experiência que lhe permite transitar, com propriedade, no caminho das palavras. Abraço.
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