DA
JANELA DO MEU SOTÃO
Algo como o protão,
Tinha
à mão o mundo
Da
janela do meu sótão
Tudo
se me apresentou profundo
Dormia
naquele caixotão
Em
sonho feliz, quiçá fecundo
Escutava
o mar, jeito de vergastão
A
embater na rocha se detendo
Longe,
em descomunal ondulação
Cabo
Carvoeiro, oriundo
Os
urros das ondas em ebulição
Impacto
nas rochas num som furibundo.
Da
janela do meu sótão
Formou-se
um “erudito” oriundo
Escudado
em cultura de baú, pobretão!
Á
luz do petróleo se examinando,
Desbravando
leituras, como eremitão
Fazendo
figura (fraca) esperando
Ao
fenecer a janela do meu sótão…
Jeito
de pináculo de catedral se foi antevendo,
Da janela do meu sótão.
Daniel
Costa
7 comentários:
Que maravilha de poema, Daniel. Um dos seus poemas de que mais gosto. Posso publicá-lo no nosso Poesia?
Beijo*
Oi Daniel seus poemas são bálsamos para a nossa leitura.
Adorei.
Bjs e um ótimo domingo.
Carmen Lúcia.
Meu querido amigo Daniel
Continuas a trabalhar as palavras com mão de mestre!
Transformaste um simples e triste sótão num lugar mágico, onde tudo pode acontecer, desde ouvir o marulhar das ondas batendo nas rochas, até ao erguer de uma catedral!
Óptimo poema!
Estou muito grata pela tua presença na minha "CASA", acompanhado de parabéns e de palavras tão doces que me desvanecem. És um amigo muito ESPECIAL, tu sabes...
Obrigada, obrigada, obrigada!
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Da janela do seu sótão vê-se a vida...
Beijos.
Olá Daniel! Mais uma vez, nos brindas com mais um dos teus belos poemas.
Abraços,
Furtado.
E da janela do sotão se vê a vida passar.
Lindo poema
Beijinhos
Maria
Daniel, comentei o seu belo poema no blog da Renata. Ficou encantador. A janela de um sótão, por si só, é inspiradora. Abraço.
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