QUANDO
EU FUI VINHATEIRO
Era
então poeteiro,
Ao
tempo bom cristão
Quando
eu fui vinhateiro
Laborava
até à exaustão
Ou
seja o dia solar inteiro,
Na
poda iniciava a gestão,
Na
empa seguia o roteiro,
Na
cava discutia a digestão,
Na
sulfatagem, fui timoneiro,
No
tratamento a enxofre glutão,
Na
espera da vindima, ceifeiro
Fazia
de tudo, até de saltitão
Apareciam
as uvas no outeiro,
Primeiro
as brancas, apertão!
Brancas
e tintas como pisteiro,
Depois
de colhidas, eu valentão
As
mordia e ganhava dinheiro
No
lagar descalço fazia vistão
A
bica a sangrar, por inteiro,
Depositar
no casco, bonita ocasião
Quando
eu fui vinhateiro.
Daniel
Costa
6 comentários:
Mais um poema de vida muito lindo. Vc também foi um jovem muito bonito.
Beijo*
"Quando eu fui vinhateiro." E foi mesmo, amigo?
Beijo.
Olá Daniel,
Não consigo imaginá-lo como cultivador de vinhas-rs!
Muito bacana o poema.
Você foi um jovem bem bonitão, hein?
Feliz semana.
Abraço.
Olá, Daniel.
Um poema autobiográfico.
Abraços
Que poema lindo, Daniel.
Eu nunca fiz vinho, mas acompanhava a lida e mesmo crianças era nos servido um golinho depois de pronto. Ficávamos com as bochechas cor de rosa... rs
Beijinho, querido.
Dizem por aqui que o vinho por si só já é uma poesia!
Imagino quem faz o vinho!
Beijos, amigo Daniel.
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