A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

POEMA AMAR ALGUÉM

 


AMAR ALGUÉM

Amar o mundo
Com amor profundo
Este de rosa se inunda
E calor humano se funda
Despidos de ambições
Devíamos olhar o mundo
Sem devaneios ou condições

Amar alguém
Amor… amar mais além
Amor de gosto
Visto do posto
Onde se vislumbra ternura
Amar não será loucura
Antes um mundo de ventura

Sempre ganha a missão
Loucuras buriladas serão

Daniel Costa

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

POEMA LÁ NO ESCRITORIO

 

LÁ NO ESCRITÓRIO

Depois da jorna, sol a sol
Quero dizer, todo o santo dia
Coordenar o rancho
Na guerra de Angola
Dos militares de uma companhia
No princípio do rol
Passar pelo lugar de caixeiro
De ginjinha, como a Popular
Primeiro
Depois a chamada Avenida
Veio o inesquecível escritório
Era o da Fotogravura União
Da Travessa das Mercês
Um desejo nesta Lisboa ribeirinha
A suprema ambição
Que na vida tinha
Sem ninguém dizer o que fazer
Era sozinho de repente a absorver
Mundos de zincogravuras
Coordenava em horas a correr
Tipografias, revistas, jornais
Agências de publicidade, Laboratórios
Não sei que mais
Patrão Chico Bento presente reparava
Ao telefone algo combinava
Enquanto o outro tocava
Alguém atendia,
Porém o falante esperava
Parecia magia
A quem chão para os pés puxara
Era mil novecentos e noventa e Seis
Reapareceu um jornal
Tratava-se de o vespertino a “Capital”
Abria redacção, junto, frente ao “Século”
Todas as gravuras produzidas ali afinal
Pressupostamente não almoçava
Tinha de ficar atento
Pagava e recomendava
O admirador, já amigo
Patrão Chico Bento
Dali, constantes solicitações
Mais as do Manuel Ornelas
Do Fausto Gonçalves
Do Gomes, do Helder, do Canhão
Câmara Leme e muitos outros
Formavam um correpio
Pelos telefones internos
Atento, aprendia e resolvia
Se necessário a cada departamento
Oficinal observar o andamento ia
Chico Bento via
Assim mesmo, senhor Daniel
Por hoje tudo entregue?
Fica a engrenagem a rolar
Não se esqueça!...
Amanhã continuaremos
Nascia de novo o sol
Chegava novo dia
Mais a encantadora Magia

Daniel Costa

sábado, 31 de outubro de 2020

POEMA CHUVA NA VIDRAÇA I I

 

CHUVA NA VIDRAÇA II

Chuva na vidraça

A chuva esvoaça

Na minha praça,

Da minha varanda

Olho a chuva;

Olho quem na rua passa

Passa apressada

Como se usasse carapaça

Como gaivota em revoada

Fugindo do vendaval,

Riscos no céu traça,

Chove na vidraça,

Chuva de raça,

Olho a chuva,

E quem nela passa

Olhem aquela tela:

- A encarnar uma mulher bela

Que contrasta

Com o mundo fantasmagórico

Que a chuva traça

Olho a linda mulher,

Olho a chuva

Olho a graça…

Chuva na vidraça!

 

Daniel Costa

 

 

 

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

POEMA NASCER DO SOL NA MATA ATLÂNTICA

 

 NASCER DO SOL NA MATA ATLÂNTICA

 

Nascer do sol na mata Atlântica

Nasce como magia quântica

 A brisa do mar e o nascer do sol

O verde da mata exerce magia:

Magia e alegria romântica

O sol do amor, essa fragância…

 É como o amor a borbulhar,

A borbulhar, a flutuar no mar,

No mar de devaneios e paixão!

Nascer do sol na Mata Atlântica,

Nasce como magia quântica;

 Brilho do sol magia romântica

Brilho neste mundo de amores,

Mundo amado, meus senhores

 Onde o astro rei nasce para todos,

Porém, só quem sabe amar,

Sabe ver e interpretar,

A imensidão do brilho do sol,

Que ilumina a Mata Atlântica.

 

Daniel Costa

 

 

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

POEMA COLCHÃO DE MOLAS

 

COLCHÃO DE MOLAS

 

A definição de molas

Alguém a toma por vinho tinto

A vamos antes, tomar por argolas

Mais em jeito de instinto

Em meio de cantarolas

Fado em fechado labirinto

Em redor do colchão, vitrolas

Rodeadas de vinho e absinto

Noite divertida sem violas

Também de animação, não minto,

No calor das ampolas,

Aconteceu a cor do “chá” tinto:

Colorir a cobertura das carolas

Risadas que hoje ainda sinto

Festa é festa - junto ao colchão de molas

O bom tinto animou e…

E para a festa ser completa.

Ali se esparramou

Vinho tinto:

- Colchão de molas.

 

Daniel Costa