A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

terça-feira, 29 de novembro de 2011

POEMA FADO SUA CAPITAL LISBOA




                                          

FADO SUA CAPITAL LISBOA

“O fado por castigo
Mora sempre num bairro antigo
Num bairro antigo”
Foi assim que Mariema
Artista de revista o enalteceu
Dando voz a um poema
Num teatro, à portuguesa, em jeito de fado
Nos anos sessenta, foi no Parque Mayer
Numa canção que deu brado
O teatro de Revista
Sempre foi abrilhantado
Pelo fado, pela voz de grande fadista
O fado que nasceu em Lisboa
Sempre se agigantou altruísta
Depois, vozes, como a de Amália Rodrigues
Nas grandes salas do mundo cantou-o e fez vista
Mais, modernamente, Mariza
Grande expoente
De entre muitos outros bons fadistas, uma divisa
Fado é canção, genuinamente, de Lisboa
Na noite de vinte e cinco de Novembro
De dois mil e onze confirmou-se ser canção de proa
Foi na Indonésia, Ilha de Bali
Que o fado foi votado e consagrado pela UNESCO
Foi no longínquo ali
Que a canção alfacinha
Passou a ser Património Cultural Imaterial da Humanidade
Um feito, o fado uma canção rainha
O fado já ecoava no mundo inteiro em profundidade
Primeiro nas grandes cidades do Brasil
No Rio de Janeiro, que o terá ajudado a chegar à maioridade
Está também radicado em São Paulo
Firmando a sua sensatez de cerca de dois séculos de idade
Elevou-se o fado
A Património da Humanidade

Daniel Costa

As ilustrações constam: Selos que os Correios Portugueses, lançaram em 03/11/2011 – com o efígies de outros tantos fadistas: Alfredo Marceneiro, Carlos Ramos, Hermínia Silva, Maria Teresa de Noronha, Amália Rodrigues e Carlos do Carmo, este pertencendo ainda ao mundo do fado.
Depois a grande fadista, Conceição Freita, desde os nove anos, em São Paulo. Canta, regularmente há vinte anos, no Alfama dos Marinheiros.
Por último, uma foto de Amália Rodrigues, de Augusto Cabrita, para capa de um disco seu, executada (nos anos sessenta, em tipografia, a partir de uma magistral gravura, em zinco, que o próprio cineasta e fotógrafo quis acompanhar e aprovar (memória e acção pessoal).
Deixo link de um Fado cantado por Amália Rodrigues e outro, cantado em São Paulo por Conceição Fretas.

 http://www.youtube.com/watch?v=7w06WtzdF1k
http://www.youtube.com/watch?v=Q_6y5RVd9WE

sábado, 26 de novembro de 2011

POEMA MARQUÊS DE POMBAL


MARQUÊS DE POMBAL

“No tempo do Marquês de Pombal
Usava-se em Portugal, o cabelo até aos pés
Agora só se usa o cabelo rés-vés”
“Oh Marquês!...
Vem cá abaixo outra vez”
Diz-se por aí no país, que precisava
Não de outro désposta como também foi o Marquês
O de Pombal que entre ideias liberais praticava
Também Conde de Oeiras
Onde hoje existe outra espécie de conde
Que à justiça arma ratoeiras
O Marquês de Pombal
Lá está altaneiro na sua estátua
Numa das principais Praças de Lisboa, de Portugal
Uma beleza, na estatuária, talvez sem parceiro
Num grandioso pedestal
Foi o nosso Primeiro
Como ele, por ironia, aqui nunca mais houve igual
E o País eternamente carente de dinheiro
De tudo, da justiça que impôs, de que já não há coragem
De acabar com a corrupção
De todo o mundo ladrão, a nefasta e tormentosa aragem
E o Marquês tomou a opção
Apesar de ter de se debater com terramoto
De um de Novembro de mil Setecentos
Ano de cinquenta e cinco, hoje maremoto
Teve de mandar reconstruir parte de Lisboa
Foi o promotor da primeira região demarcada vinhateira
A do Alto Douro como proa
No Brasil criou a Companhia do Grão Pará e Maranhão
A de Pernambuco e Paraíba
Na Bahia, capital de Salvador, sua estátua também faz figurão
Oh!... Marquês desce, vem cá abaixo outra vez
Para que Portugal volte ser grande Nação!

Daniel Costa
Poema e foto


sábado, 19 de novembro de 2011

POEMA MENTIRA


POEMA MENTIRA

“Coitado do mentiroso
Mente hoje, mente sempre
Ainda que fale verdade todos dizem que mente”
Mente-se por piedade
O verdadeiro mentiroso
É aquele para quem não há realidade
Imagina-a ele próprio
Inventa a sua verdade
Será doente, não admite
Pode mentir por vaidade
Será carente de afirmação
Mente por ansiedade
Vive no seu mundo que deseja profundo
Sente necessidade de esconder a verdade
Mente, mente e mente
Mente, escondendo a idade
A mentira é um polvo que envolve com a perna longa
Quando sabe reunir mais mentirosos
A mentira se prolonga
No mundo dos maldosos
Dos que a sabem tecer
Para quem vive no mundo dos manhosos
A verdade não pode acontecer
Tenta proliferar
Porém, o mundo contrário
Sempre a procura obliterar
Que fazer?
Lutar a vida inteira!
A fazer a verdade prevalecer
Para que ela seja mesmo como o azeite
Fazer com que venha à tona, possa acontecer
Depois gritar bem alto:
- A verdade está agora a acontecer e a viver!...

Daniel Costa


terça-feira, 15 de novembro de 2011

POEMA O VERDE E O TABLADO



O VERDE E O TABLADO

 Naquela pequena cidade
Do Brasil, Maranhão
Como não é grande, configura comunidade
Não é à beira-mar, é Açailândia
Passa uma ribeira, como unidade
A de Walter Figueiredo
Onde todos se banham com sanidade
É lá que as mães levam as crianças
Todos se podem banhar na realidade
Depois, descontracção em cima do tablado
Com muita simplicidade
Ou a cidade não fosse nordestina
Do imenso Distrito do Maranhão
Onde o folclore muito próprio domina
Assim os poderes locais pensam no seu povão
O tablado, a relva verde
A ribeira sempre à mão
O calor a insinuar constantes banhos
Banhos de imersão
De novo o apelo ao tablado
Que está em cima da relva verde para descontracção
Do povo da cidade de Açailândia
Cidade do Maranhão
Nordeste do Brasil
Onde o Marquês de Pombal teve intervenção


Daniel Costa

sábado, 12 de novembro de 2011

POEMA A SOMBRA DO AMOR


A SOMBRA DO AMOR

A aurora nasce da penumbra
Anuncia os raios solares
Nasce da penumbra, da sombra
Anuncia o nascer do sol
Cujos raios nos podem aparecer com esplendor
Sombra, penumbra, raios solares
Assim poderá nascer um amor
Se o sol inunda toda a terra
Desse poderá ser portador
É assim que peço e estremeço
Embora saiba, para além de todo o ardor
Antes está a penumbra, a sombra
Virão depois raios de amor
O amor voará na penumbra
Esta o transportará como penhor
A fé nunca tomba
Sombra do amor
Sombra benfazeja
Gostar, desejar e amar
É a esperança do que se deseja
O que muito se deseja sempre acontecerá
Para que o mundo veja, um merecedor vencedor
Que sabe esperar para ver
A aurora florir, a nascer da sombra o amor
O raiar da aurora
Um mundo de amor, aurora de esplendor

Daniel Costa

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

POEMA SEVERA



POEMA SEVERA



Uma Severa morou em Lisboa
Longe na América do Sul, onde o Sol nasce primeiro
Naquele continente, em João Pessoa
Onde nem se sonhará quem era Severa
Quem primeiro o fado apresentou na capital Lisboa
Iniciou uma canção nostálgica
Hoje passeia pelo mundo inteiro como canção bonita e boa
Foi no velho bairro da Mouraria
Da sonhadora Lisboa
Como a Severa Cabral tem o condão da vivacidade
Esfusiante e interessante mulher a fazer sonhar com uma loa
Sensual, airosa, na sua cidade
A de João Pessoa
A mulher perfilha a moda a dar nas vistas
Diria talvez, sem querer, apresenta certa vaidade
O que faz, fará sempre e às vezes
Será processo de tonalidade?
Se, além de escritora, é especialista de moda
Sente necessidade de dar exemplos na cidade
Severa, é vaporosa
Um amor de mulher
Mulher fotogénica e ardorosa
Amiga, rainha de simpatia
Severa atrai
É como uma Primavera
É como um mundo que passa e vai
É como se percorresse também o mundo inteiro
A elegante Severa
Severa Cabral é um luzeiro
Não é mulher quimera


Daniel Costa



 

sábado, 5 de novembro de 2011

POEMA VERA

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POEMA VERA


“Vera se chama a prima de um menino
Então como chama a Vera o dito menino?”
A adivinha que recordo
Do tempos de pequenino
Tem razão de ser até ao ocaso
Se adoro a Vera de certo destino,
Da grande cidade de Belo Horizonte
Também a devo ver como Primavera
Quando desço o monte
Vejo a flor o jardim e a Vera
Mulher de face a fazer adivinhar
Sensualidade, uma quimera?
Não, Vera é uma mulher bonita
O bonito sorriso e fazer adivinhar sensualidade Vera
Beleza sorridente a configurar o divinal
Tem a beleza das flores que se vêem
Deambulando pelo quintal
A Vera Lúcia, seu nome, sua imagem
Sua atracção
Jamais será miragem
Como amiga, gosta-se da Vera
Conhecer o que divulga, é uma bela viagem
Pela cultura que explana
Pela beleza interior
De ser seu amigo, o poeta se ufana
Lúcia de apelido faz sentido como a Primavera
Desvendar o seu pensamento interior?
Seu signo peixes, dizem-na sincera
Nesse se faz fé
Seu bonito nome… Vera!

Daniel Costa

 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SEREIAS, MUSAS, AMOR



SEREIAS MUSAS AMOR


O poeta tem, sempre um teor
Para escrever
Sereias, musas, por vezes o amor
As sereias inspiraram mais poetas antigos sem peias
Luas ou luares não me dão jeito, Senhor
Senti ao vivo as suas teias
Dormir embalado pelos luares foi penhor
Cerca de dez anos em cabanas, dormi nas eiras
Era ficar noites ao luar nas cabanas
Com ele mentalmente, senti poesia nas beiras
Adorei o luar nas choupanas
Veio a puberdade, veio o desejo de amar
O coração imaginava musas
As sereias eram bonitas na literatura
Bonitas, perversas, almas difusas
Com a musa do amor, a poesia perdura
Quer-se eterna, para o coração sem escusas
Pode partir-se daí para um “buquet” do amor, rodeado de ternura
As musas podem ser o jardim do poeta
O seu mundo de verdura
Amar as musas não é estabelecer confusão
E ter no seu jardim a mais bela, a de maior altura
O amor das musas sempre será platónico
A flor maior, a eleita pode sempre ficar segura
Assim se podem juntar sereias
Musas e amor
Amor sem peias
O amor pode figurar como penhor
Do poeta, das suas veias


Daniel Costa