A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

segunda-feira, 30 de março de 2015

POEMA UMA LÁGRIMA


 
UMA LÁGRIMA

Como esgrima
O poeta se comove
E verte uma lágrima
Que do canto da vista escorre
De amor e auto-estima
Quiçá, amor que o peito envolve
De direitos humanos, dízima
Que ao mundo se deve e não se devolve
Tentar ser rio, cuja nascente, é a lágrima
Que o amor-próprio conteve,
Reteve como solução de teima
Assim então, se mantém e manteve
Na inércia dos poderosos, da sua toleima!
 Parece convir, a quem riqueza reteve
A deixar lutar não se queima
Que se vertam lágrimas, que se trave a lágrima!
O amor sempre terá força suprema
Tem a força da lágrima,
Da lágrima que se reteve!

Daniel Costa

https://www.youtube.com/watch?v=QoEZB0XvEZQ



 

quinta-feira, 26 de março de 2015

POEMA ESPERAR QUE ACONTEÇA


 
ESPERAR QUE ACONTEÇA 

Embora o desejo prevaleça
Desejo de felicidade
Esperar que aconteça
Será a espera da muita idade
Esperar que a ventura pereça
Na vertente imaturidade
Desejar que o risco não se estabeleça
Não querer intuir, com sagacidade
Que o semelhante seja cabeça!
Na procura de modernidade
Para que a sociedade não empobreça!
Seja do outro, a atividade,
A ninguém o mundo esqueça
Não reclamar, com agilidade
Não pôr tudo em causa, como meça
Não reclamar com regularidade
Não pôr em causa qualquer promessa,
Tentativas, de fazer brilhar a humanidade
Todos a colherem flor que favoreça
Pôr de parte a mediocridade
Jamais esperar que aconteça
 Todos com belicosidade!

Daniel Costa

segunda-feira, 23 de março de 2015

POEMA FAZER ACONTECER


 
FAZER ACONTECER 

Aos deuses devo agradecer
Ou espero que aconteça?
Não!… Vivo para fazer acontecer!
Desejar algo, que fortaleça,
Rumo, para a vida enaltecer
Memória que prevaleça
Esplendoroso alvorecer
Jamais se adormeça
Sintamos o coração se enobrecer
Com calor, se envaideça
Qual paleta de cores a robustecer,
Aguarela que enobreça,
Realizar, é à Divindade agradecer
Que, o mundo isso não esqueça…
Fazer acontecer
Que a preguiça mental pereça,
Que, a mente se faça resplandecer
Que o amor, nunca se esqueça
Que, seja ele a agradecer
Que, seja ele a eterna promessa,
A fazer acontecer!

Daniel Costa
 
Foto: Daniel Costa
 
 
 
 

 

sexta-feira, 20 de março de 2015

POEMA MARÇO 20 - ECLIPSE


MARÇO 20 – ECLIPSE
Imaginemos uma elipse
Ou a santa mãe natureza
Março 20 – eclipse
Aguardado sem surpresa
Panorama bonito de sinopse
Apareceu neste dia, por nobreza
Sexta-feira, equinócio, cúmplice
A Primavera a assomar com pureza
Nada fez prever um apocalipse
Chegam as flores aos molhos de singeleza
Façamos uma análise
Para vermos com clareza
A história nunca fique em crise
Tudo fique registado com agudeza
Março 20 – eclipse
A poesia a menciona aqui com vagueza!

Daniel Costa

Foto Daniel Costa (9.30 h – 20/03/2015)
 
https://www.youtube.com/watch?v=6AJts4Ki2gM
 

 

terça-feira, 17 de março de 2015

POEMA ANJO DAS NUVENS


 
ANJO DAS NUVENS 

São do céu imagens
Tentam encobrir o sol
Anjo das nuvens
Ditoso e luminoso farol
Guarda dessas paragens
Que haja sempre arrebol!
Regulando paisagens
Canto; brilho de rouxinol
Servindo esclarecidos homens
 Olhem como a um crisol
O astro-rei brilhe sem miragens
Atravessando, como nota em bemol
Incidindo, brilhado sem clivagens
Formas de éter, amores de Carol
Brilhantes imagens
Jeitos de concha, de caracol
Anjo das nuvens
Cuida do amor e do brilho do sol
Num mundo de honrosos pagens! 

Daniel Costa

https://www.youtube.com/watch?v=6UsFjXF0GJg
 

sábado, 14 de março de 2015

POEMA ANGÉLICA ANATOMIA

 

ANGÉLICA ANATOMIA 


Mirificas cores, resultam da quadricromia
Visão idílica; diria a um leigo: angélica!
Imaginando a angelical anatomia
Conta fios, para se verificar a réplica
 Interessante policromia
Afinal; quatro cores, não são aritmética
Delas nasce a ilusão, da fotocromia
Assim como a forma angélica é axiomática,
É espírito, não nos é dado sentir, é biblística
Em jeito de pureza de autocromia
A matéria está sempre fora da mística
Provocará gestos de mordomia
Anjos envolvem mistério, a preconizar encíclica
Angélica anatomia!

Daniel Costa

 

quarta-feira, 11 de março de 2015

POEMA AMORES DE MAIO


 
AMORES DE MAIO

Começam num ensaio
Flores campestres
Amores de Maio
Jardins silvestres
Tento domar um garraio
 Primaveras ilustres
Que me fazem aio
De habitações lacustres
Onde me sinto catraio,
Entre extraterrestres
Na imaginação - Lacaio
Vivência de mestres
Terna sujeição de sipaio
Desígnios pedestres
Programo sem desmaio
Desejos rupestres
Luar belo como gaio
Contraluzes terrestres
Amores de Maio
Vontades de burgomestres!
Daniel Costa

 

segunda-feira, 9 de março de 2015

POEMA OS DEUSES ENLOUQUECERAM


OS DEUSES ENLOUQUECERAM
 
Invocados, jamais compareceram
Desejados, que lhes importa!
Os deuses enlouqueceram
Será o silêncio que os conforta?
Seduzem e a bel-prazer; imperam
 A humanidade os suporta
Nas suas riquezas prosperam
Povo… Povo fica alerta!...
Sempre imposto deliberam
Ao senado dos deuses nada enfarta
As riquezas, a vilania e a tirania erigiram
Como a humanidade não os descarta!
A esses seres que surgiram
A sua audácia, valores aparta
Senhores, dizei onde intervieram?
Se mostrem, para um alerta:
- Venham observar o que teceram,
Mundos que, o mundo já não suporta!
Os deuses enlouqueceram
Desçam à terra, o poeta os exorta!

Daniel Costa


 

quinta-feira, 5 de março de 2015

POEMA FIM DA PICADA



Foto do meu arquivo - Aqui iam os oito cadáveres em carrada, eu fui elemento nomeado para a escolta, até à povoação de Mucondo, onde os ditos ficaram sepultados. O poema parte de casos reais que vivi na Guerra Colonial (1962 /1964). ESPECIFIDADOS NO MEU LIVRO "AMOR NA GUERRA).

FIM DA PICADA 

Nunca foi debandada
Eu-poeta; destaco
Fim da picada
Duas foram grande buraco
Em guerra declarada
A primeira com fim, no deus Baco
Chuva, em picada inclinada
Era a guerra, que saco!
Outra foi fim de oito, uma carroçada!
Cadáveres em progressão, lento ábaco
Mais chuva na madrugada
Da Guerra Colonial, o opaco
Motivação irada
Tirania de certo signo do zodíaco
Sempre a intensa chuvada,
Clima tropical velhaco
Fim da picada
Horizontes impróprios de piromaníaco,
Fim de oito, fim da picada!

Daniel Costa

 

segunda-feira, 2 de março de 2015

POEMA A CULTURA DOS CARETOS


 

CULTURA DOS CARETOS
 
Não se encontram bulas nem decretos
Em Portugal, onde habitaram celtas
Implantaram a cultura dos caretos
Figuras de máscaras esbeltas
Vestes garridas e outros objetos
Tradições; as marcas mais expostas
Cidade de Bragança ou trajetos
Prodence, é bastante das suas ribaltas
         Cultura folclórica nos triângulos e catetos
A força das tradições em terras altas
Carnaval, interregno de projetos
Glamour de garinas esbeltas
Vestes e chocalhos, mexidos e irrequietos
Pilastras e pilares de patronos de artistas
Sonetos de poetas assaz afetos
Como é belo pisar os palcos, ter as vistas
Imaginar ali, as vivências dos caretos
 Prodence, da magia dos celtas, para turistas
Carmen Miranda; usaria os dialetos
Ela, por perto nasceu, em regiões afetas
Cultura dos caretos
Grandeza e coloridas festas! 
Daniel Costa