RECEBI DA BOA AMIGA E POETISA, ANA MARTINS.
Agradeço e deixo regras:
Escolher dez amigos para declarar a nossa amizade e os nomeados, para que continuem a DECLARAÇÃO DE AFECTO por dez dos seus melhores amigos.
Não há selos ou prémios, apenas a nossa declaração sincera de afecto.
A minha declaração de afecto vai para:
EVERSON
SARITA
VANUZA
VALENITA
BANDYS
RENATA
FERNANDA
SUSY
ZÉLIA
VERÓNICA
Uma local do Semanário SOL, de Lisboa, em 4/12/2009
RELÓGIOS DE SOL
Mocidade talvez grandiosa
Imaginação aventura
Nem de perto nem de longe ociosa
Diriam dura
Para mim aventurosa
Muito criança azáfama segura
Vida bastante vivida
Havia o sonho, a ideia de aventura
Recordo e sorrio *
O pai era especialista (?) a podar e empar *
Videiras, em parcelas, abrigadas de caniceras *
Ali no Oeste à beira-mar
Destinava trabalho aos filhos
Enquanto a jorna do dia ia ganhar
No fanfarrão e noutras courelas
Quando o estômago pedia para jantar*
Havia uma cana, como relógio de sol
Indicava o meio-dia, o jantar * prestes a chegar
Por vezes calhava Pedrógãos
O sítio é lindo, embora pareça isolado
Avistava-se a igreja da Rebera *, não havia imbróglios
Quando na fachada o sol batia
Os estômagos exultavam:
- Pelo sol, meio-dia!
O sonho e aventura comandavam
A aventura mais sonhada, de chegar um dia havia
Sonhada, aventurosa, acariciada
Raiou um belo dia
Recordar, a aventura dos relógios de sol
A meninice será recordar não é fantasia
Recordar a aventura
Que passou um dia, como se fora maresia
Junto ao mar
Alegrias da meninice que foram um dia
Daniel Costa
*sorrio: recordo que aos 17 anos podava e empava videiras, nunca as do meu pai, ou outras da minha aldeia de nascimento
*canicera = caneira: sebes de caniço seco
*jantar: refeição do meio-dia solar
*Rebera: Ribeira - o nome que se dava muito à aldeia de Riba Fria
D. C.