POEMA ANJO DA HIPERTENSÃO

ANJO DA HIPERTENSÃO

Anjo da hipertensão,

Hipertensão verdadeira

Correndo em ascensão

Veia espevitadeira

Sonho de promoção

De donzela de branca braçadeira

Bela, como bonita canção,

Da tapada, enfeite de trepadeira

Anjo da hipertensão,

Sexo de ten ager, arrumadeira

Vede o vosso povão!

Na versão namoradeira

Da quinta dimensão

Veloz, pose altaneira

Jeito de procissão

Hipertensão verdadeira…

Anjo da hipertensão

Daniel Costa

POEMA ANJO NA GALÁXIA VAGUEAND

 

ANJO NA GALÁXIA VAGUEANDO

Anjo na galáxia vagueando,

Vagueando a brejeirar

O filtro do amor franqueando

Em noite bonita, a enluarar

Seu afã de amor seguir aprimorando

Imaginando o amor a alvorar

Terno e eterno balanceando

Almas de felicidade a branquear

Anjo na galáxia vagueando

 Persistindo até afoguear

Corações… Vidas, estremecendo

Vivendo em tiquetaques a palpitar

Eterno Vaguear, com a alma ponderando,

Visando certo amor franquear

Em cavalgada se equilibrando

Como feliz ave em chilreada,

Anjo na galáxia vagueando…

Daniel Costa

POEMA VAPOR NIASSA EM CHAMAS

VAPOR NIASSA EM CHAMAS

Vapor Niassa em chamas

Em alto mar, antes de Luanda

Verdadeiros grandes dramas

Factos que a vida não comanda

Antes da comunicação por aerogramas

Tantos homens a olharem de banda,

Como que, a ouvir repetir os fonogramas:

“Niassa… Niassa… Niassa!.../

Já toda a gente conhece/

Tanta fama que bem merece…

… “

- Do refrão da orquestra da quitanda,

Da intensidade dos programas

Em alto-mar chamas, com o fogo se manda

O algarvio em holograma,

Com a sua pistola, como de fosse partir para Samarcanda,

Vapor Niassa em chamas

Falava em matar os tubarões na debanda…

“Niassa… Niassa… Niassa!...

Já toda a gente conhece/
Tanta fama que bem merece…

… “

Daniel Costa

Fotos do arquivo de Daniel Costa

POEMA ESTRELA FLUORESCENTE

ESTRELA FLUORESCENTE

Estrela fluorescente

Brilho sentido, reservado

Infinito, convincente

Eternamente conservado

Aura transparente

Cá da terra acarinhado

Estrela fluorescente

Brilho sentido, reservado

Metafísico, opalescente

Rasgo amado em privado

Olhado com brilho, de adolescente

Olhar para sempre enlevado

Estrela fluorescente

Brilho sentido, reservado

Daniel Costa

POEMA O FLAGELO DA DOENÇA

O FLAGELO DA DOENÇA

O flagelo da doença

Aviso da irmã morte

Sem esquecer a sentença

Do céu vem a nossa sorte

Que nos chama à presença

Do céu, o futuro, o estandarte

O flagelo da doença

A encaremos de mente forte

Adiando a eterna licença

 Façamos de baluarte

Mostremos indiferença

Façamos da vida fonte

Avancemos com autoconfiança

Rumo à cura pela mente

O flagelo da doença

Daniel Costa

Exemplo:

- O autor no ano 2000, depois de um AVC – acidente vascular cerebral, com 30 dias de em coma; 15 dias em semi – coma, com operação ao cerebelo, teve alta do hospital de Santa Maria, Lisboa, em estado terminal.

Trazido de ambulância a casa, onde continuou em semi – coma, por cerca de dois meses. Acompanhou um relatório médico, que acima pode ver o parágrafo final. DC.

POEMA FLOR DA MINHA PRAÇA

FLOR DA MINHA PRAÇA

Flor da minha Praça,

Flor do meu coração

Gaivota que esvoaça

Em dia de vendaval… vibração

Vinda do Tejo, o céu risca e traça

Transmite recado de inspiração

Em voo de visível graça

De vigoroso amor de floração

Flor da minha Praça,

Flor do meu coração

Observo da vidraça,

Observo o voo com emoção,

Gaivota do amor, tabernáculo e taça,

Espírito de ilustração,

Enquadrado no céu… anjo de raça!

Nuvem iluminada, de ocasião

Flor da minha Praça,

Flor do meu coração…

Daniel Costa