POEMA FLOR DA BORBOREMA

 FLOR  DA  BORBOREMA

Filosofia suprema,

Do brejo oriental

Flor da Borborema

Sol da mata real

Nordeste cinema

Cajueiro continental

Verde diadema

Alegria frontal

Flor da Borborema,

Do brejo oriental

Caju agridoce, poema

Flor mulher sem igual,

Poeta que balbucia um fonema

Cajueiro sentimental

Flor da Borborema

Sol de arraial

Mulher flor, emblema

Sol do brejo ornamental

Brilho, único, dilema

Alegria acinzentada de cristal

Flor da Borborema

Do brejo ocidental

Daniel Costa

POEMA GALA DE ESPLENDOR

GALA DE ESPLENDOR

Sonhei com fervor

Era noite de gala,

Gala de esplendor

Finura de pétala

Vulto de amor,

Figura de opala

Olhar fixo de condor

Emoção que cala

Gala de esplendor

Olhai a flor da ala

Olhar abrasador

Destaque que fala

Casa do Senhor

Vede a sala

Gala de esplendor…

- Gala de esplendor!

Olhai a branca flor

Ramo da mulher amor!...

Daniel Costa

POEMA QUANDO FUI JORNALEIRO A CRÉDITO

QUANDO FUI JORNALEIRO A CRÉDITO

Como um édito,

De extensa biografia

Quando fui jornaleiro a crédito,

Jeito de cenografia

Configurando um súbdito,

Eficaz, benemérito,

Diria cosmografia,

Quando fui jornaleiro a crédito,

Foi outro dia, era heliografia,

Jornaleiro emérito,

Palavra mais tarde da lexicografia,

Escrita sem preconceito

Quando fui jornaleiro a crédito,

Mental monografia,

Talvez em sânscrito,

Registo de xilografia

Jornaleiro assaz erudito

Passageira de tipografia

Elevação de súbito

Ainda por litografia

Quando fui jornaleiro a crédito!

Daniel Costa

POEMA TÉCNICA DE VIDENTE

TÉCNICA DE VIDENTE

 Transcendente

Cliente co – autor

Técnica de vidente

Tal qual o vendedor

Consulente dependente

 Transformado em consultor

Sempre confidente

Surpreendente

Técnica de vidente

Consulente benfeitor

Questão simples, reluzente

Recepção de bom captor

Sagacidade presente

Partida para expositor

Técnica de vidente

Não parecer impostor,

Natureza inconcludente

Translúcido pretor

Postura clarividente

Voz moderada de transistor

Técnica de vidente

Daniel Costa

POEMA OH PARAÍBA!...

OH PARAÍBA!...

 Costas arriba,

Mares de João Pessoa

Oh Paraíba!...

Vetusta canoa

Manaíra ou Caraíba

Tambaú ou loa

Ponta do Seixas ou Itaíba

Artesanato ali entoa

Oh Paraíba!...

Oh João Pessoa!...

Oh cidade verde, Parnaíba!...

Amorosa e boa!...

Reserva que vibra

Amores que entoa

Oh Paraíba!...

Senhora da Penha…

- Senhora das Neves Padroeira…

- Capital - João Pessoa

Daniel Costa

POEMA ANJO DA TERNURA

ANJO DA TERNURA

Verdadeira iluminura

Contornos de realeza

Anjo da ternura,

Ternura de firmeza

Carinho de advocatura

Sorriso de lhaneza

Demostrando aura

Fervor de gentileza

Anjo da ternura

Primavera de rareza

Flor de candura

Ideais de pureza

Olhar de abertura

Símbolo de gentileza

Anjo da ternura

Olhar de singeleza

Planta de agrimensura

 Ardor de subtileza

Doce alvura

Fresco da natureza

Anjo da ternura

Contornos de realeza

Daniel Costa