LISBOA DO TEJO
Nos meus doirados
Anos sessenta
Abril o turismo a dar brados
Cheguei ao céu sonhado
A Lisboa do meu eu
Da janela do meu quarto
Na casa onde morava
Era Zeus, ou um Zeu
Avistava o Tejo
Via o Rio benfazejo
No Bairro da Graça
Rua bem comprida
Como se fora desejo
Pouca gente passava
Santa Engrácia
Calçada do Monte
Luzes em noite de breu
Portas de Santo Antão
Teatro Dona Maria
Mês em que este ardeu
A desgraça via
Deus meu!
Olha a D. Amélia Colaço!
A Liberdade subia
A Avenida a trazia
Parque Mayer, Café Lisboa
Pedaços do meu sonho
Não apareciam à toa
Sonho de um dia
Concentrado
Nos artistas, que via
Max,
Paulo Renato,
Francisco José
Tristão da Silva
António Mourão
Mais velhos do que eu
Do tempo de então
O dos capilés
Das limonadas
Das salsaparrilhas
Tudo com soda, como refresco
Saborosos licores de controlo
Ginja com ou sem “nellas”
Como dizia o espanhol
Eduardino,
Timpanas registado
Da designação desviado
Lisboa do fado
Fado vadio
Cantado nas baiúcas ao desafio
Alfredo Marceneiro
António dos Santos
Não o carpinteiro
Mais sofisticação
A Amália Rodrigues
Popular a Hermínia Silva
Perpetuava a velha “Tendinha”
Mais a Popular Ginjinha
Templo onde iniciei
Razão porque a queria como minha
O Café Lisboa o Parque Mayer
A velha Lisboa,
O fado e a ginjinha
Daniel Costa
18 comentários:
Boas recordações num poema brilhante...
Obrigada pela visita e pelo carinho....
Beijos e abraços
Marta
daniel, lindos poemas.
obrigada pela gentil visita que muito me honra.
uma maravilhosa semana.
beijos carinhosos.
Cleo
Daniel,
Adoro poemas e os seus principalmente, pois tem a cara de Portugal.
beijos
Ah, Daniel...Como gosto de ler seus poemas ao tempo que fico no ar desenhando estes fatos, a medida que vou lendo e absorvendo...
Grande beijo!
QUERIDO DANIEL, SUBLIME POEMA... ADOREI!!!
UM GRANDE ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA
È sempre bom ter boas recordações, significa que houve coisas que nos marcaram e que nos lembramos delas com saudade...
Beijokitas
Como gosto de ler seus poemas, que contam as suas lembranças. Mas, além disso, têm muito ritmo, nos embalam.
Amigo:
Postei no Galeria. É uma postagem que me dá orgulho. Gostaria que vc fosse apreciá-la e que deixasse a sua opinião. Mas é no Galeria, se vc quiser ir aos outros Blogs, vá depois.
Um abraço,
Renata
Olá, um abraço e ótima noite.
Impressiona-me a facilidade com que o Daniel tira da caixinha das memórias tanta palavra RECORDAÇÃO.
É bom viajar assim no passado, não é? Faz-nos lembrar certa dimensão das nossas vivências.
Um abraço
(Ah!... a ginjinha! Como é boa! Essa também eu conheço bem.
MV
Lisboa tão bem cantada
beijos
Um delicioso poema de rimas musicais, cheio de história, particularidades de uma linda Lisboa...
A Amália Rodrigues, cantoras de fado... como são lindas! Ruas de toda espécie... Firmamentos ora alegres, ora tristes... Sinto-me neste cenários da sua lembrança, colorida de vida e esperança, sinto este ar a entrar nos meus pulmões a me inspirar coisas boas e sãs!
Beijos, meu anjo Daniel!
É isto que me deixa revoltado.
Depois dum enorme comentário, onde recordei a fadista Teresa Tarouca e o seu fado, Saudade, Silêncio e Sombra, com letra e tudo.
Do Licor de Natal que se vendia nessa Lisboa, coloco as letras e para enviar, o Blogger diz-me que está inactivo por 10 minutos.
Estou farto de reclamar.
pelo menos guardavam os comentários ... mas não, perdeu-se tudo.
Também não posso reclamar muito, pois é tudo gratuito.
Não percebo muito disto, para não dizer claramente que tudo isto pouco mais é que chinês.
Mas vou alojar o blog num site.
parece-me que não é caro, cerca de 60 euros por ano e é tudo ilimitado.
Estou a vender o que ainda não comprei.
Porque aqui são disponibilizadas funcionalidades, que se não forem no site, nem arrisco ...
Ando com os nervos á flor da pele.
Perdi, ou estou em vias de perder toda uma vida de poemas, escritos, frases, anedotas e sei lá que mais.
Até o livreco de poemas que queria publicar em Novembro passado se foi ...
Estava mesmo amaldiçoado ...
Bem, vou partir.
Voltarei.
Espero que na minha "máquina".
Um abração e obrigado por tudo.
Lisboa cidade de encanto
Tanto em dias frios ou quentes
Por ela a voz eu levanto
Quando mal diz tristes mentes
Vagueio por minha Lisboa
Calcorreando sua calçada
E ao fim da tarde boa
Eu a abraço com amizade
Vejo que a cidade dos poetas
É saudosamente chorada
Trespassando peitos como setas
Quando à distancia é lembrada
Na sua sábia sabedoria
Gentes se abeiram do Tejo, sua luz
Ali aguardam que a maresia
Chegue à bela cidade que seduz
Ela é a inspiração da vida
Que percorre o caminho do sol
Sua alma não vai sofrida
E o rio não é triste, nem mole
Lisboa do povo bom
Que bem longe foi descobridor
Para lá levava o rico dom
Do seu Tejo protector
Nesta terra de céu azul claro
Onde o sol distribui alegria
A ele ninguém faz mau reparo
Porque é lindo e tem magia
Lisboa é de gente, que ama gente
Que a visita e a leva na saudade
Como um tesouro porque sente
Seu coração arfando pela cidade
Lisboa é minha, e tua
E de heróis de boa memória
À noite, beija as estrelas e a lua
Sorrindo de sua bonita história
de: Fernando Ramos
Um abraço
Obrigada, meu querido.
Sua sensibilidade me toca.
Um final de semana encantador para vc!
Bjs.
Daniel
Passo apenas para agradecer suas palavras e dizer que também conheço o sabor da jinginha de Óbidos. Ainda há meses lá estive na Casa da Moura (acho que é este o nome) a deliciar-me, asim como a deliciar-me com todo aquele espaço mágico (mas com gente a mais...)
Um abraço
MV
Belas recordações, testemunhadas num poema de saudade!
Beijinhos,
Ana Martins
*
Olhai senhores,
esta Lisboa de outras eras ...
,
uma poetada crónica,
ao nivel que nos habituas-te,
,
obrigado pela partilha,
,
um abraço,
,
*
Daniel
Grande forma de recordar tempos idos.
Por ver escrito "Eduardino"
recordei a bebida alcoólica que existiu há décadas o "Eduardinho".
Penso que Será o mesmo nome!?
Abraço
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