A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

poema

RADIONOVELAS
FOTONOVELAS

Antes de chegar a Televisão
Rádio Novelas e Fotonovelas
Constantemente em exibição
Na rádio duraram elas
Depois passaram à pantalha
Do mundo da visão
Entre outros, actuavam na radiofusão
João Lourenço, agora encenador
Henriqueta Maia, Irene Cruz
A lembrança regista Álvaro Benamor
E os romances do Tide?
Revistas de fotonovelas
Estava activa dona PIDE
Para donas de casa eram amor
Em capítulos de revistas
No “Magazine,” produzido pelo Más
Na “Plateia” do Dias e Mário de Aguiar
Parte integrante da colmeia
Específicas da Palirex, da Íbis
Agência Portuguesa de Revistas
Colocavam a banca cheia
Estes alguns produtores
Muitos da Corin Tellado
Eram produto enlatado
Recordo as da Palirex
Revistas, como a “Zaida”
Lembro também a “Dora”
Acabaram cedo, não teriam saída
O Idílio, a Carícia
Um mundo encantado de delícia
Segredo do indomável talento
Do Roussado Pinto
Metamorfoseado em Edgar Cagil
Haverá subtileza, não minto
Artistas esporádicos
Performances belas
Numa protagonizava
Nunes Forte e Cristina Cassola
Fotogenia, arte para fotonovelas
O Emílio, o Monteiro
Porque não o nome da sedutora
Maria José primeiro?

Daniel Costa

12 comentários:

jo ra tone disse...

Lindos poema que tive o prazer de ler.
O anterior deixou-me um tanto sentido.
Quanto ao antes da tv,"O Serão para trabalhadores, Joana DÁrc, entre outros, que de momento não me lembro.
Bonita recordação
Abraço

RENATA CORDEIRO disse...

Gostei do Poema, Daniel. Vc me pôs a par de um período da história do seu país e de um, vá la dois, produtos de consumo de massa específicos. Mas as fotovelas no Brasil nos anos 70, década de que me lembro, pois era criança, eram correntes. Minha mãe comprava e eu as lia. Em geral, eram traduções de fotonovelas italianas, publicadas no "Grande Hotel". Havia também a "Capricho", a revista concorrente, que também publicava fotonovelas. hj, o Grande Hotel já não existe e a Capricho se tornou uma revista para adolescentes.
Um beijo e bom fim de semana,
Renata

Unknown disse...

Bonito... E como era esperada a hora dessas radionovelas!
Eu não me lembro mas a minha mãe fala delas.

Beijinhos e continuação de bom fim de semana,
Ana Martins

Avid disse...

belo poema. nao me lembro de radio novelas, mas sei que tiveram sua vida.
Bjs meus

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

QUERIDO DANIEL, ERA PEQUENINA MAS OUVIA FALAR DAS RADIONOVELAS, FICAVAM A VOLTA DO RÁDIO, A MINHA MÃE E AVÓ... QUE BOM RECORDAR... UM GRANDE ABRAÇO DE CARINHO, FERNANDINHA

Laura disse...

Ora, havia de tudo, havia pessoal que não tinha tv ainda, aliás a tv so chegou a Angola nos anos 70, quase, ou não esteja enganada, mas chegou tarde, muito tarde, e via amigas minhas a ouvir os folhetins, as novelas, os romances, e sempre me fez confusão como se poderia ouvir tão bem as vozes através dos fios, bolas, aquilo era complicado para mim, ehhhhhh.
Revistas cor de rosa liamos a Crónica Feminina, a mãe pagava a cruzada que ia pelo correio, e os nossos livros eram os de aventuras do Tio patinhas, o Mickey, e a Banda desenhada, e livros, muitos livors, e li sim a Corin tellado, ahhh, romances de amor, ia à livraria e trocava por outros, eram meus amigos os donos e não pagava nada, trocava e andor...
Belos tempos..moravamos por cima de uma Framácia e ao lado er aa Livraria Papelaria, tabacaria da D. Edgarda grande amiga nossa que mora ai para Porto Salvo...Já veio cá passar uma semana com a minha mãe, há anos...
Beijinhos e agora gosto de ver alguma snovelas... laura.

Val Du disse...

Oi, Daniel.

Novela é novela, mas no rádio elas tinham um sabor especial.
Quando eu era criança, minhas irmãs mais velhas costumavam parar no momento da novela, ninguém podia fazer barulho que elas ficavam bravas...bons tempos.

Beijos.

poetaeusou . . . disse...

*
daniel, adendo . . .
,
uma nota de quinhentos
não se pode deitar fora,
,
companheiros da alegria,
igrejas caeiro e companhia,
,
abraço
,
*

Lúcia Laborda disse...

Oie lindinho, um belo poema que traz uma história de lembranças...
Boa semana! Beijos

Lúcia Laborda disse...

Meu amigo lindo! Você poderia deixar lá o link do blog para que eu vá? Porque dentre os que teem, fico sem saber qual. Desculpe, viu?
Boa semana! Beijos

Menina do Rio disse...

Eu nunca fui noveleira, mas lembor das novelas de rádio quando minha mãe e as vizinhas se juntavam pra ouvir e chorar..

Daniel, não te conhecia de foto...

E quanto aos meus poemas, eles simbolizam estados de alma e não uma constante. São momentos vividos ou imaginários, mas todos sentidos e escritos com a alma. São rascunhos e os publico exactamente como os escrevo para que não percam a essência. Sou uma romantica por natureza e só consigo escrever quando estou melancólica. Em estado normal, não conseguiria passar do humor ácido, rs...

Muito obrigada por tuas observações. Elas são importantisimas!!!

Um beijo imenso pra ti

Anónimo disse...

Sempre admirei os registros das fotos e radionovelas.

Hj, com a tevê, o bombardeamento da informação é violento; as telenovelas perderam no tempo a graça da poesia; os corações das donas de casa já não existem mais, estão em outra parte...

Tudo mudou, mas tenho saudade da serenidade no mundo.

Beijos, anjo Daniel!
Lembranças maravilhosas.