Selo que o blogue Casa da Mariquinhas, da Mariazita, ofereceu: http://acasadamariazita.blogspot.com/
Fachada do Museu Etnográfico da cidade diamantífera da cidade do Dundo. Nos anos sessenta, o melhor do género de toda a África
Bailarina luba, quioca da Província angolana da Lunda, cuja capital é Saurimo que, oficialmente, foi Henrique de Cavalho.
Bailarina luba, quioca da Província angolana da Lunda, cuja capital é Saurimo que, oficialmente, foi Henrique de Cavalho.
MULHERES QUIOCAS
Interessantes as mulheres quiocas
Estão na Província angolana da Lunda
Bonitas, como poucas
Vivem na fronteira com o Zaire
Zona diamantífera de histórias loucas
Usual e habitual a poligamia
Labutam no campo, como poucas
Quando perdem o cabaço
Com o homem amado, ficam taralhoucas
Pintam de branco o seu corpo
Fica belo e alvo enquanto tisnado
Como quem diz olhem: já pertenço a alguém
O rico como polígamo
Estima-se pelas mulheres que tem no harém
Na margem do rio Luachimo
É feito o casamento
Por negociações,
Designa-se alambamento
Aconteceu um dia
Como gado não havia naquele momento
Reunira-se os anciões
Para se efectivar um casamento
Funcionariam muitos tostões
Foi apenas uma observação
Não passava disso, de início de serões
Conferenciavam na sua língua
Teciam: a miúda é bonita
Ainda tem cabaço
Vale, um homem de bens
Valorizavam, faltava apenas o laço
Genarié?
A menina ainda tem cabaço!
Mata… ai ué!
Em quioco:
Cabaço = virgindade
Genarié? = Como se chama?
Mata = senhor
Ai ué = ai Jesus
Daniel Costa
Interessantes as mulheres quiocas
Estão na Província angolana da Lunda
Bonitas, como poucas
Vivem na fronteira com o Zaire
Zona diamantífera de histórias loucas
Usual e habitual a poligamia
Labutam no campo, como poucas
Quando perdem o cabaço
Com o homem amado, ficam taralhoucas
Pintam de branco o seu corpo
Fica belo e alvo enquanto tisnado
Como quem diz olhem: já pertenço a alguém
O rico como polígamo
Estima-se pelas mulheres que tem no harém
Na margem do rio Luachimo
É feito o casamento
Por negociações,
Designa-se alambamento
Aconteceu um dia
Como gado não havia naquele momento
Reunira-se os anciões
Para se efectivar um casamento
Funcionariam muitos tostões
Foi apenas uma observação
Não passava disso, de início de serões
Conferenciavam na sua língua
Teciam: a miúda é bonita
Ainda tem cabaço
Vale, um homem de bens
Valorizavam, faltava apenas o laço
Genarié?
A menina ainda tem cabaço!
Mata… ai ué!
Em quioco:
Cabaço = virgindade
Genarié? = Como se chama?
Mata = senhor
Ai ué = ai Jesus
Daniel Costa
18 comentários:
Daniel
Mais um bom poema com o gosto a que nos habitou. Novamente palavras em recuo de tempo e a salientarem um pouco da cultura africana, sobretudo, os hábitos relacionados com a mulher.
Beijinho
Daniel, querido:
O seu poema é excelente! Será uma belíssima contribuição ao nosso Blog, se vc o permitir, é claro. Sou muito suspeita para falar do seu estro, só sei que o manejas como ninguém.
Beijos admirados,
Renata
PS: Vá ao GALERIA quando quiser. Não chamo mais ninguém, só quem me preza e reconhece.
Quanta sorte tem essas mulheres, que são homenageadas com essas belas palavras que encontro aqui (:
Daniel,
Adorei seu poema, que com a tradução de algumas palavras ficou mais facil de entender.
Adorei.
Os selos sao lindos e merecidos.
Obrigado pelas tuas palavras no esconderijo.
Beijos
Bonita dedicatória ás Mulheres quiocas!
Beijinhos,
Ana Martins
Olá Daniel!
Entre as palavras desconhecidas, que hoje fiquei a conhecer, entre a beleza como descreveste a menina Mulher africana, só te posso dizer
Daniel,meus parabéns.
Um beijo grande em teu coração
Whispers
Adoro Angola e o povo angolano. :)
Bonito poema.
Beijos.
Daniel! Adoro vir aqui...Estes relatos em versos são maravilhosos! Arte de pouquíssimos....
Carinhoso beijo, amigo!
Acabei de publicar o seu lindo poema. Estou morta, são 4:12 da madrugada no Brasil e ainda não me fui deitar, Vou agora. Lembre-se: vc deve um poema à minha pessoa.
Beijos,
Renata
um post completo e repleto de beleza
beijo
Olá Daniel, bela poesia!
Olha , eu me recordo que li uma vez em um blog eu o porquê do seu nome Daniel Milagres, acho que foi porque vc recebeu um milagre relativo à sua saúde, certo? Eu queria muito reler essa narrativa, (é importante pra mim), mas nao achei nesse blog. Vc poderia me dizer o mês em que está publicado? o resto eu acho.
Obrigada .
Dona Poesia
olá, obrigada por responder e gostei muito do que vc escreveu, foi mesmo um milagre, mas eu queria saber se o texto narrando isso, e que eu já li, ainda está no seu blog? se a rsposta for afirmativa, em que mês você publicou? gostaria de reler o texto.
obrigada
Mulheres quiocas, mulheres lindas, todas tinham de ser vendidas, havia o dote, as vacas, o gado, o que fosse, terras, e os costumes do povo, bárbaros por vezes, mas, era a tradição dos ancestrais...
Quantos dos nossos soladados ficaram presos a elas, pela beleza, o corpo, o seu sorriso lindo....Beijinhos daniel, bela Poesia..laura.
Daniel,
Um selo oferecido pela sua amiga.
selo
Beijos
Tenho um selinho sem regras para você no Blog ARCO - IRIS ENCANTADO.
Beijo.
Jacque
Gosto muito do seu jeito de contar histórias!
Um abraço
Acho lindo como você escreve, tem muita coisa que me prende nos teu poemas.
Abraços
Vivenciar outras culturas e respeitá-las é uma das coisas importantes da vida. Quando os homens aprenderem a respeitar serão respeitados.
Ótimo final de semana.
abraço
angel
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