AS CONCHINHAS
Ainda não havia chegado a televisão
Jogos e computadores, evidentemente não
Jogava-se a concha, o berlinde, o pião
Improvisado aparecia o jogo da semana
Oito casas, riscavam-se no chão
Batos feitos de pedaços de caco
Arredondados na cantaria do vão
Jogava-se, para apurar o campeão
Era a vida, a da pequenada, a da ilusão
Para jogos não havia inventos, havia tempos
Dizia a professora fúrias, conforme os ventos
Para jogar, tinham seus instrumentos,
Verdadeiros tesouros de inventos
Escasseavam nos bolsos as conchinhas
A jogar numa nóquinha, como se dizia então
Davam à costa e abundavam na Praia da Consolação
Acabadas as aulas, estava a começar o Verão
Tudo se muniu e a professora lá levou o pelotão
Cada qual apanhava o seu tesouro, o seu quinhão
Tudo mudou, não há conchinhas
Pena, porque estavam ali uns diamantes
A preencher os bornais das ilusões de então
Do jogo das conchinhas poucos se lembrarão
Mas lá está o extenso areal
Qual cosmopolita Copacabana de Portugal
Representando a Praia da Consolação
Jogava-se, para apurar o campeão
Era a vida, a da pequenada, a da ilusão
Para jogos não havia inventos, havia tempos
Dizia a professora fúrias, conforme os ventos
Para jogar, tinham seus instrumentos,
Verdadeiros tesouros de inventos
Escasseavam nos bolsos as conchinhas
A jogar numa nóquinha, como se dizia então
Davam à costa e abundavam na Praia da Consolação
Acabadas as aulas, estava a começar o Verão
Tudo se muniu e a professora lá levou o pelotão
Cada qual apanhava o seu tesouro, o seu quinhão
Tudo mudou, não há conchinhas
Pena, porque estavam ali uns diamantes
A preencher os bornais das ilusões de então
Do jogo das conchinhas poucos se lembrarão
Mas lá está o extenso areal
Qual cosmopolita Copacabana de Portugal
Representando a Praia da Consolação
Daniel Costa
23 comentários:
Olá.
Gosto dos blogs que escreves, mas esses poemas estão cansativos.
Beijinhos.
Romanticos tempos esses, as ingenuas brincadeiras, a simplicidade de tudo, não existia tanta evolução e eramos felizes do mesmo jeito...abraços amigo poeta, um belo dia pra ti.
Oi, Daniel!
Eu conheço este poema! Publiquei-o antes de fechar, pela primeira vez, o Galeria. Lembra-se? Vc estava viajando, mandei-lhe um mail e vc retornou dizendo que tudo bem. Continua atualizado no relato de tempos passados, em que a ingenuidade imperava. E a sua memória continua brilhante.
Beijos, querido amigo, tenha um lindo dia!
Renata
Bons tempos, Daniel.
Beijos.
Velhos tempos que não volta.
Brincadeiras sadias,
A verdadeira infancia
O riso inocente....
Belo resgate amigo
Um grande abraço
Andresa Araujo
Oi Daniel!!!
Concordo com a Andresa,"Velhos tempos que não volta."
Daniel, tem um selinho para voce no meu blog, espero que goste.
Beijos
Ângela
A praia da Consolação ...
Só há outra no mundo que possui maior concentração de iodo.
Pena é que a areia seja só rocha, ou talvez não.
Assim, só quem necessita é que a desfruta.
Um desfilar de recordações, quando andávamos livremente na rua as horas que queríamos sem haver perigo ...
Recordar é mesmo viver.
Um abração.
Só agora é que reparei que a praia da Consolação é dos dois lados do Forte.
Pensei que só fosse a que fica a Sul e é rochosa.
Durante uns anos fui para essa zonas.
Agora, talvez há mais de dez que não a visito.
Lindas, muito lindas estas memórias!
Beijinhos,
Ana Martins
Daniel, desfiaste um rosário de brincadeiras antigas onde tinha lugar a nossa imaginação! Apesar de menina, jogava muito bem o pião, a macaca, adorava o célebre carrinho de rolamentos mas, perdoa-me Daniel, não conheço mesmo o jogo das conchinhas e olha que também já sou antiga!! Passava horas sim, a apanhar conchinhas mas simplesmente porque gostava de as transformar depois em trabalhos giros!
Bons e velhos tempos! Fizeste bem recordar...Recordar é viver lá diz o poeta!
Querido Daniel!
Sou sincera nao conheco esses jogos.
So que tenho a certeza que deviam ser algo natural, que vinha da imaginacao das criancas.
Entao viva ao velho tempo, e parabens a imaginacao do Daniel
Mil beijos
Talvez o improviso fosse nossa maior alegria...
Um abraço
Daniel,
creio que a nossa geração tinha muita criatividade ante os meios escassos de comunicação e desenvolviamos a imaginação com artificios simples que nos davam verdadeira alegria e felicidade. Hoje tudo tão acelerado, a cada dia uma novidade ... Não há muito o que se reter na memória dias como estes simples e gloriosos. Eternamente gravados, pela emoção na memória.
Beijos, com carinho.
Saudades da época de criança, e destas brincadeiras, que hoje mesmo aos menores parecem tão tolas.
Saudades da simplicidade de um tempo que não volta mais.ainda que alguns nomes de brincadeiras mudem daí para cá, com certeza seu texto bateu fundo em mim.
Abraço,amigo!
Um forte abraço amigo e um dia cheio de inspiração e muita poesia...
Daniel:
Há festa no EU E DAÍ?, não deixe de ir. Vc acredita que o slide ainda está carregando? Eu queria pôr no meu próximo post!
Beijos,
Rê
__________________________________
...que doces recordações, Daniel! Brincadeiras que eram realmente brincadeiras... Hoje é bem diferente!
Você me proporcionou uma viagem no tempo...Obrigada!
Beijos de luz e o meu carinho!!!
________________________________
Brincadeiras de infância - quem não as recorda com saudade???
Eu gostava de jogar o "Mata" e sempre que tinha um "furo" no liceu, lá iamos para o pátio jogar.
Gostei muito do poema; obrigada pela visita.
Abri o blog como uma terapia; nunca pensei que se tornasse um prazer e me ajudasse a descobrir um outro mundo, que tem outras cores além do preto e cinzento.
Beijos e abraços
Marta
Oi, amigo!
Sou uma adoradora de conchas e até já as colecionei, tive bijouterias das mesmas. Enfim, tudo que vem do mar me fascina, menos o lixo que anda poluindo o mesmo, infelizmente.
Bonitas imagens tens escolhido ultimamente, Daniel.
Parabéns! És um Mestre!
Daniel, querido:
Tem post dedicado a vc no EU E DAÍ?
Beijos,
Rê
Olá Daniel,
poema encantador, ou melhor poemas encantadores, divinos.
Desculpe-me pela ausência.
Abraços,
Cris
Daniel, querido:
Acabei de publicar o poema que vc me ofertou de madrugada. Dá um pulo no EU E DAÍ?
Beijos,
Rê
O romantismo presente em cada palavra.
Recordar é bom , desde que não nos prenda demasiado ao passado.
Agradecemos a visita ao nosso espaço.
R.
Enviar um comentário