NOITES DE LUAR
Chegara o Verão
No redondel da eira
Ao luar havia sempre serão
Eram belas as noites de então
Havia calcadoiros de pão
Os trilhos puxados por bois
Rodavam!...
Vá castanho!...
Bora cabano!...
Com forcados de madeira e ventos
O cereal da palha se separava
Em altos palheiros a desafiar
Intempéries, aguardando ficava
De alguma e outros materiais
A cabana se fabricava
Nas noites de acalmia, ali se dormia
Era, pernoitar ao luar
Em noites felizes de outros mundos
Guardar a eira, mais as inocentes
Anedotas que os vizinhos.
Como o, Zé Pedro, traziam
Eram um rir a fio
Tinha a Gigliola Cinquetti
Vencido o Festival da Eurovisão
O Zé diz: agora casou!
Sabem porque de ser Cinquetti deixou?
Perdeu três
Quarenta e sete adoptou
Depois chegava o milho
Grupos, juntavam-se a escarapelar
De novo, em noites, de luar
Vinham os manguais
Homens aos pares certinhos
Com força até acabar
Pareciam fazer facho
Acima, abaixo!...
Tudo se passava à vista do mar
Em belas noites de luar
Daniel Costa
16 comentários:
Oi, Daniel.
Gostei muito disso: Em noites felizes de outros mundos
Bom mesmo é poder viajar, nos sonhos, nas fantasias, nos poemas...
Um beijo.
Daniel, seu poema merece aplausos!
Gostei muito! Muito mesmo!
Beijos de luz e o meu carinho...
Eu assisti a tudo isso, não ao pé do mar, mas perto de Montalegre, em Covelo, mas que lindo era e como gostava, apesar de ser pequenita ainda retenho em mim as memórias desse tempo, já distante...
Tinhamos muitos campos, juntas d ebois, carros, eu sabia por os estadulhos e segurar nos bois ou ter a vara à frente deles para ficarem quietos...e iamos buscar o milho, o que fosse, debulhava-se o feijão na eira, na nossa, que linda e que vistas e que bailaricos acordeons concertinas e a grafonola do meu padrinho, de dar à manivela...ai que lindas e encantadoras recordações...Beijinhos.
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Adentrar em seu mundo poético é sempre motivo para levar algo no coração!
Levo deste a vontade de estar à beira mar,em noites de luar...
Lindo!
Deixo meu abraço amigo e votos para um fim de semana muito feliz!
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Poetico e muito convidativo esta noite de Luar...Daniel um poema cheio de magia!
Beijo de fim de semana
Oi, Daniel.
Que coisa boa! A vida vivida e realizada.
Quanta experiência de vida você tem. E sabe passar em forma de poema as tuas vivências
Maravilha!
Um beijo
Um bom final de semana.
Combinação perfeita verão + vista para o mar e noites de luar.
Boa noite Daniel.
Vim agradecer sua presença em meu blog e aproveitar para
retribuir a gentileza.
... Vá castanho!...
Bora cabano!...
Isso me fez relembrar...
Vaca estrela!...
Boi Fubá...
Por aqui ainda se vê em tempos de festa
os velhos Carros de Bois.
O Natal e o Ano Novo estão aí novamente e com eles uma nova
perspectiva de uma vida melhor para todos.
Que nós saibamos valorizar e praticar mais as mensagens do Cristo
que todo ano renasce como Menino Jesus trazendo a todos o seu amor.
Vamos trocar a “folhinha” e que 2009 surja como um arauto de Deus
prenunciando Um Ano Feliz para todos nós.
Um Feliz Natal e um próspero Ano Novo para você e família.
Abração.
Daniel,
Em noite de luar, tudo acontece e acho que os poetas se inpiram pros sentimentos aflorarem,
beijos
Um poema, uma viagem, um sonho....
Momentos felizes....
Gostei muito...
Obrigada pela visita e se quiseres enviar um poema, teu e/ou do teu poeta favorita para eu comentar, será um prazer. O tema é o Mar...
Beijos e abraços
Marta
Daniel,
adorando este estilo. Que belo poema!
Grande beijo!
Na minha cidade tem uma poetisa que fez um livreto contando toda a história da cidade. Eu guardo com tanto carinho...
Uma ótima semana, amigo! Beijo
Poxa, que coincidência, agora. Há alguns dias postei Rihanna, que falava na Gigliola Cinquetti!hehehehe Onde andará? Abraço! Depois tu falas que não é poeta!!! Dio Como Ti amo hahaha
Belas e saudosas noites de luar, não é mesmo?
Gostei muito, beijinhos
Ainda há "Noites de Verão", não como as antigas de há mais de 40 e tal anos e não à beira-mar, mas à beira Rio Minho
E aparelhar o carro de bois, com os bois trocados?
Nem sabia que eles sabiam mais do que nós.
Eram "igualzinhos", mas tinham o seu local de trabalho.
Como diz a Laura ...
Debulhava-se o feijão e o milho e no fim, dançava-se.
Ao som dum gramofone ou fonógrafo que nunca mais piou, apesar de ter uma goela enorme.
Mas está bem conservado, assim como os discos que pesavam quase 5 quilos cada.
Tempos em que uma côdea de boroa ou broa, dava para um lanche com meia dúzia de azeitonas.
Bons tempos em que havia luar ...
Belo. Simplesmente belo.
Abraços,
Cris
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