A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

poema


DIAMANTES

Histórias mirabolantes
Estão na literatura que conhecemos
Dos cobiçados diamantes
No fundo são as pedrinhas
Que príncipes oferecem a princesas
Também reis ofertavam a amantes
Tudo jogatinas
Em reinos distantes
Polícias, ladrões, espiões, traficantes
Muitos cifrões
Num mundo de burlões
Parece tudo organizado
Num meio de muitas confusões
Para Diamantino, disseram um dia
Num país em guerra
Tudo o que vês é pedra
Não uma pedra qualquer
Esquece, mesmo que tropeces
Numa mais brilhante
Porque tudo é diamante
Nenhuma vês
Pode estar a espionagem
E faz-te a folha de vez
Visitando um museu
Foi como pisasse o chão, o que comoveu
Mais tarde alguém, Diamantino esclareceu
Gananciosos compravam todas as pedras
Que as guerras sustentavam
Porém uma parte
Sendo de diamante, não tinha quilate
Desfaziam-se por entre dedos num instante
E a guerra continuava incessante
Ninguém percebia, só porque tinham goela
Proibiam-se animais de capoeira
Talvez disfarçando qualquer asneira
Porque havia discriminação
Julgava-se que para a vida inteira
E os diamantes
Reluzentes, os verdadeiros
Embarcavam para mundos inteiros

Daniel Costa

14 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Nossa, que poema! Um dos mais belos que já li aqui, Daniel! Diamantes são eternos, mas não os falsos. Vc nos conta muito bem acerca da exploração e do tráfico da pedra, e dos falsos brilhantes, que restavam nas mãos dos ingênuos. Poema reluzente como a preciosa pedra que o intitula. E por falar em princesas, a quem eram oferecidos diamantes, já publiquei o diamante em forma de poema que vc me ofereceu hj ao raiar do dia. Uma verdadeira jóia.
Obriga, querido, beijos,
Renata

Everson Russo disse...

Belo poema meu amigo poeta, diamantes são na verdade os olhos da amada, o brilho desse olhos em amor, o coração ganho com carinho, diamantes são o toque da alma, maior riqueza a ser adquirida...a cada inspiração sua,aplaudo de pé, belissimo esse poema aqui, bellissimo o poema no blog da Renata, o amigo é simplesmente sensacional...forte e fraterno abraço.

Desnuda disse...

Um belo poema. E rica é a história e fatos ligados aos diamantes. A eternidade, a busca, a riqueza simbolizados pelos diamantes e demais pedras preciosas mantem-se viva. Tão reluzente em mãos sombrias..." policias, ladrões, espiões, traficantes... Mas quanto mais puros, maior é seu valor. E há sentimentos puros, como o amor, bem simbolizados pela eterno e reluzente diamante.


Um beijo.

Andresa Ap. Varize de Araujo disse...

um poema de contexto brilhante. Brilhantes que significam e representam a eternidade.
Uma otima semana

Andresa Araujo

Whispers disse...

Querido Daniel!
Diamantes sao pra a vida toda
Uma pedra tao bonita, que em puro do branco,transmite as cores todas
Teu poema como sempre ee fonte de um grande diamante a tua sempre bela imaginação
Mil beijos

RENATA CORDEIRO disse...

Amigo, querido!
Como está difícil mandar-lhe mail! Tenho que apelar e vir aqui. Desculpe-me. Depois passa no EU E DAÍ? e no POESIA, ok?
Beijos e beijos,
Princesa de Olhos Verdes

xistosa, josé torres disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
xistosa, josé torres disse...

Blogger xistosa - (josé torres) disse...

Passei os últimos meses de tropa em Angola, na cidade de Serpa Pinto (não sei como se chama actualmente).
Um dia apareceu vedada a estação dos caminhos de ferro e o comboio parava fora da gare, sendo necessário um estrado.
Mas tudo isto porque andavam a ampliar a estação e descobriram diamantes.
Foi o que se constou.
Como me enviavam, daqui do Continente, vitamina C, salvo erro era Cicresina, que possuía na tampa um excicador - substância ávida de água para os comprimidos não se estragarem -
Ora esse granulado parecia, aos olhos dum leigo, uns pequenos diamantes.
O chefe do estado maior, um tenente coronel, que era um parvalhão, ouviu falar e andava de ouvidos à escuta.
O Torres que nunca foi de pregar partidas a ninguém, só se não pudesse, sabendo que ele estava no seu local de trabalho, cujas paredes eram de madeira e portanto ouvia-se tudo, perguntei a um colega, em voz baixa, mas de maneira a que ele ouvisse, se queria comprar uns diamantes.
Ao jantar, veio sentar-se ao meu lado e começou uma grande conversa ...
... para abreviar.
Vendi-lhe por 19 contos, (era meia fortuna na época), (fins de 1971) uns cinco bocaditos do granulado, da substância que estava na tampa.
Ofereceu-os à mulher que estava lá com ele.
É claro que o dinheiro foi gasto na "prospecção" de mais diamantes, (onde se comesse e bebesse "à ganância").
Foram uns dias à tripa forra com amigos e outros que apareciam.
Só deu por ela quando eu já estava em Portugal e porque alguém lhe disse.
Um dia telefonaram-me ... era ele que queria o dinheiro.
Quem o mandou comprar coisa barata por tanto dinheiro?

Agora o post

Bom poema que me fez recordar os tempos de "garimpo" em África.
Só me esqueci de dizer que em Serpa Pinto, à quinta-feira, salvo erro, (a Laura deve saber), chegava de Moçâmedes o comboio com uns caranguejos enormes.
Nem sei quantos comi pelos diamantes ...

Um abração

EDUARDO POISL disse...

Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.
(Charles Chaplin)

Hoje passando para desejar um final de semana com muito amor e carinho.
Abraços do amigo Eduardo Poisl.

Everson Russo disse...

Deixando ao meu amigo poeta um forte e fraterno abraço e desejando um ótimo final de semana...

Val Du disse...

É, Daniel, poema comovente.
Diamantes, pedras tão lindas, mas que sabemos o rio de sangue que os maus provocaram e provocam por causa deles.
A Natureza é rica e sábia, mas os humanos por vezes estragam quase tudo.

Um grande beijo.

Jacque disse...

Tenho um presentinho para amigos e seguidores, no Blog: PRA VOCÊ COM CARINHO.

Beijo.

Jacque

Unknown disse...

Um poema carregado de verdades... parabéns!

Beijinhos,
Ana Martins

Anónimo disse...

perfeita obra literaria, um poema lindo cada um tem sua magnitude, parabéns amigo.