Praia da Consolação, lado sul, um dos sítios mais iodados do mundo
Praia da Consolação, areal até à de Contubos, da cidade de Peniche
Nota de mil escutos, dos anos cinquenta
MIL PAUS
MIL PAUS
Surgiu o mais novo dos Naus
com a sua dose de loucura
Vamos á feira da Ribeira trago mil paus
Não era um engano
Eram apenas mil escudos
Uma fortuna trazia o garoto paisano
Nos anos quarenta, a seguir à guerra
Estávamos afinal num mundo de engano
Era Quinta-feira
Aquele grupinho de pés descalços
Em pelotão, foi a correr à feira da Ribeira
Ninguém até ali conhecia
Tão bonito lençol
De tão grande Valia
A importância, um quarto dava para calçar todos
Mas o respeito que nos merecia
Deu para trazer intacta a nota
Se o pai Nau desse pela falta
A aventura daria torta
O Chopo era assim
Um bom “vivan”, um bom amigo
Um dia a professora, que não era ruim
Levou-nos de passeio à praia da Consolação
É junto à cidade de Peniche
Sete quilómetros, a andar a pé, de escantilhão
Ainda havia marés a trazer bonitas conchinhas
A casa dum milionário na nossa visão
Disse o Nau, o Chopo
Ali mora um homem com mil notas de mil, pois então!
Em comparação com o velho, Nau
Que apenas tinha cem, era um valentão
Cenas que recordo
Como do Chopo, algumas vezes
Com estes bonitos sonhos acordo
Idades felizes
A dose de loucura, a aventura, a idade do sonho
Mil paus, o que equivalem em Dólares ou Euros
Hoje não dá para flores, nem para um molho
Daniel Costa
16 comentários:
Lindo! Dinheiro, pra quê? Se tanto Amor, declaras em seus versos, simplesmente dispensável!
Beijos, querido Daniel*
****
Tudo ouvirás, pois que, bondosa e pura,
Me ouves agora com melhor ouvido:
Toda a ansiedade, todo o mal sofrido
Em silêncio, na antiga desventura...
Hoje, quero, em teus braços acolhido,
Rever a estrada pavorosa e escura
Onde, ladeando o abismo da loucura,
Andei de pesadelos perseguido.
Olha-a: torce-se toda na infinita
Volta dos sete círculos do inferno...
E nota aquele vulto: as mãos eleva,
Tropeça, cai, soluça, arqueja, grita,
Buscando um coração que foge, e eterno
Ouvindo-o perto palpitar na treva.
Olavo Bilac*
Sempre um prazer vir aqui e vi.ver as suas memórias!
Tenha um dia cheio de Sol!
Obrigada.
Rê
Olá amigo Daniel,
O seu poema fala da sua praia da Conceição a mais iodada, a mais bela e de dias que não voltam...
Voltam só na nossa memória :))
Adorei, fez-me lembrar a minha infância!
Beijinhos
Ná
Muitas vezes me pego a recordar cenas de minha infância. É muito bom. Afinal, como se diz, recordar é viver...
Abraços, Daniel!
Querido amigo, um poema escriro e contado de forma divina! Adorei.
Carinhoso beijo.
É fechar os olhos e ver-te,
é pensar em ti e poder ouvir-te,
é poder tocar-te, é abraçar-te,
sentir teu cheiro mesmo sem estares aqui...
É ouvir um eco suave o som das tuas palavras,
é olhar para o infinito e ver teus olhos fixos olhando para mim...
Sentir-te, é não precisar pedir para fazer o que quero sentir,
é não precisar pedir pra dizer o que quero ouvir
mesmo sem encontrar palavras...
Sentir-te é um sentimento que não dá para tirar conclusões
ou inventar palavras para expressar ...
Entre todas as coisas,
é poder explicar o que não tem explicação,
é um sentimento bom e ruim ao mesmo tempo...
Sofro por não te ter pra te dar tudo que sinto...
Sofro o medo e a insegurança de perder-te...
Será??
Amorrr
Poema da Renata
***
Beijos, meu querido Daniel teadoro******************
Bom Noite!
Renata
Querido amigo Daniel,
Agradeço a visita e o comentário.
Não vejo selos no teu Blog, mas se gostas podes trazer todos os que quiseres,
São teus.
Beijinhos
Fernanda Ferreira (Ná)
Recordando e vivendo.
Abraços.
Olá, Daniel!
"Entre o desejo de ser
e o receio de parecer
o tormento da hora cindida
Na desordem do sangue
a aventura de sermos nós
restitui-nos ao ser
que fazemos de conta que somos"
Mia Couto.
Beijos, querido!
Lindo Dia!
Rê
PS: Sabe que nasci doida, não sei se foi Deus, sei lá ++++o quê. Só sei que me deu uma comichão e quis publicar e... publiquei!
Meu amigo, como sempre divino seu dominio com as palavras, o descrever de cenas,,,de paisagens, sentimentos, e tudo que mora dentro e fora do coração...abraços fraternos e tenha um belissimo dia.
Lindo o seu poema meu grande amigo.
A forma como lida com as palavras me emociona.
Parabénssssssssssss.
beijokas mil.
Tudo foi tão perfeitamente escrito e descrito,palavras e sentimentos bem ordenados. Belo!
Uma noite de bons sonhos meu anjo querido.
beijos meus embrulhadinhos em abraços.
Daniel,
Sabes mesmo contar uma história.
Prosa ou verso, sempre é bom te ler.
Beijos.
Que bonito.
Bjus
Olá, Daniel
Como é bom recordar!
Aqui faze-lo na forma dum belo poema, a que imprimes uma certa nostalgia ao dizeres:
"Hoje não dá para flores, nem para um molho"
É bem verdade, isso!
Como os tempos mudaram. E, nem em tudo foi para melhor... :(
Beijinhos
Bom Dia, Daniel!
Recebi esta mensagem e a repasso a ti e a todos*******************
Beijos*
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PÁSCOA...
é ressurreição,
é renascimento,
então, nada melhor do que coelhos,
para simbolizar a fertilidade!
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..... >{=•Y•=}<
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Eu desejo que sua Páscoa seja muito feliz e que eu possa continuar tendo uma amizade tão especial como é a sua!
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Tenha um ótimo dia!
Já já saio. Hoje, minha mãe faz 83 anos. Vamos passear!
Rê
Trazendo um abraço fraterno ao amigo poeta e desejando um maravilhoso final de semana de paz.
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